Este é um assunto que tem angustiado a minha alma, por isso
estou escrevendo.
Estou falando de mordomia no sentido de boa administração
dos recursos providos por Deus para a expansão do Reino.
Tudo começa em 1.907 quando foram criadas a Convenção
Batista Brasileira e as duas juntas missionárias, uma para evangelizar o Brasil
e outra para evangelizar os países estrangeiros.
Será que não bastaria uma? Será que não seria suficiente
criar uma única junta de missões?
Mas naquele tempo isso não era problema para os batistas
brasileiros porque os executivos das referidas juntas eram os missionários
norte-americanos, sustentados pelos batistas dos Estados Unidos.
As ofertas levantadas pelas igrejas nos respectivos dias de
cada junta eram usadas integralmente para o sustento dos missionários nos
campos.
Mas as ofertas não estavam sendo suficientes, então
resolveram criar o plano cooperativo através do qual cada igreja enviaria dez
por cento de suas entradas mensalmente.
Mas nesse tempo já existiam também as convenções estaduais
que queriam a sua parte no plano cooperativo, certamente como condição para que
o plano fosse aprovado. E assim, os recursos do plano cooperativo foram
divididos, metade para a convenção de cada estado e metade para Convenção
Batista Brasileira.
De início, as convenções estaduais ficaram contentes porque
geralmente os executivos das convenções estaduais eram também missionários
norte-americanos sustentados pelos batistas da outra América.
Com o decorrer do tempo, e com o afastamento dos
missionários norte-americanos de cargos executivos, as convenções estaduais
foram avançando cada vez mais no plano cooperativo, aumentando sua parte e diminuindo
a parte da Convenção Batista Brasileira.
E por fim, surgem as associações regionais dentro de cada
estado, querendo também a sua parte no plano cooperativo para sustentar mais um
executivo.
E todo mundo usa o mesmo argumento: Queremos fazer missões!
A minha cabeça fica cheia de perguntas: Para que missões
regionais, missões estaduais e missões nacionais? A região não está dentro do
estado? O estado não está dentro do Brasil?
Será que não está na hora de repensarmos o nosso modelo
missionário? Será que não está na hora de termos menos executivos e mais
missionários? Será que não está na hora dos nossos executivos cuidarem mais de
missões e de missionários do que de parcerias disso e daquilo com empresas
particulares? Será que não é por causa disso tudo que muitas igrejas estão
deixando de lado o plano cooperativo?
Muitas outras perguntas poderiam ser feitas, mas vou parar
por aqui.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, São Paulo, Brasil
2 comentários:
Parece que alguns não entenderam bem o que escrevi.
Nunca duvidei da integridade da administração das duas juntas nacionais.
A questão que levantei foi sobre a multiplicidade e organizações realizando o mesmo trabalho.
A falta de mordomia está no fato de ter uma estrutura regional, outra estadual e outra nacional.
As duas juntas nacionais são as primeiras e as pioneiras no trabalho missionário, e pelo que sei usam critérios adequados quanto ao que se destina à administração.
Abraços a todos.
Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, São Paulo Brasil.
www.arcabatista.blogspot.com.br
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